terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O silêncio

Gosto quando te calas

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.

Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.

Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.

Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longínquo e singelo.

Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.

Pablo Neruda

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ó Sol!!!

Nunca até este ano tinha sentido tanto a falta do sol. Choveu, choveu, choveu, já ninguém podia ver tanta água a cair do céu. Sol onde andaste este tempo todo ? Ficaste assim tão tímido ao ponto de desapareceres e mesmo quando davas o ar da tua graça, era um sorriso amarelo ?! Não voltes a deixar-me que eu já me sinto cinzenta como as nuvens, quero-te sempre ao meu lado. Volta sol que estás perdoado! Perdoo-te os escaldões todos que me causaste nos Verões da minha vida. Perdoo-te o calor abrasador que quase nos faz derreter. Adoro-te sol!!!

domingo, 3 de janeiro de 2010

O balanço

Todos os anos no último dia do ano, ou até mesmo no dia de ano novo, dou comigo a fazer um balanço mental do que foi o ano que terminou e mais uma vez chego à conclusão que tirando alguns problemas que todos vamos tendo numa ou noutra altura, os anos sucedem-se na maioria com um balanço positivo. Obrigada vida!