quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Ser maluquinho é o que está a dar...
Li no jornal que alguém, há uns anos, tinha deitado ácido sulfúrico para cima do namorado, provocando-lhe a morte e que não vai sofrer nenhuma consequência (prisão ou o que quer que seja de mais pesado), porque foi considerada "maluquinha", tendo apenas que ir a consultas psiquiatricas, mas vivendo uma vida normal cá fora. E veio-me à memória outros que agrediram, roubaram e tiveram o mesmo final... ficaram em liberdade porque foram também considerados "maluquinhos". E chego à conclusão que neste país o que está a dar é fazer muita palermice, muita asneira, de preferência entortando os olhos, fazendo nhã nhã nhã ao Juiz, deitar-lhe a língua de fora e dizer que "nem sei como me chamo" para ser considerado muito "maluquinho", ficar em liberdade, estragar a vida de outros e ainda (se calhar) ter as consultas de psiquiatria e psicologia pagas pelo Estado...
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Uma nostalgia boa
Sempre por esta altura, quando as lojas começam a colocar as decorações de Natal sinto uma nostalgia dos Natais passados, que de ano para ano vou concluindo que tive sempre um Natal Feliz, desde que me lembro de mim. E mesmo depois de terem começado a desaparecer aqueles familiares directos, de quem tantas saudades tenho, nunca tive um mau Natal. Adoro as decorações, as luzes, o brilho nos olhos das crianças, a mesa do Natal, o bacalhau, os sonhos, as filhozes, o Pai Natal, mesmo sendo imaginário, até aqueles filmes tradicionais de Natal, que já vimos algumas 54 vezes (no mínimo), tudo faz parte, e chego (sempre) à mesma conclusão: eu adoro a época do Natal!
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Revolta
Hoje sinto-me revoltada, tão revoltada que só me apetece gritar e perguntar porquê??? Soube que uma pessoa com quem lido diariamente, tão alegre e disponível para todos, está com cancro e que já se espalhou pelo corpo... revolta pela injustiça, mas mais revolta pela indiferença de outros que igualmente têm o mesmo contacto, que quando espirram parece que o mundo acabou... e agora é esperar, esperar que a operação urgente corra o melhor possível...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Não me chateiem
Tenho uma amiga bastante mais velha que sempre disse que já tinha idade para não aceitar tudo o que lhe dizem e eu começo a sentir o mesmo. São 38 anos, já não tenho que ouvir, nem aturar tudo o que me dizem. Estamos numa democracia, se eu acho que é amarelo, tenho esse direito e não tentem convencer-me que é verde, sou teimosa, mas acima de tudo sou do contra. E mais não digo, porque já dizia a outra... oh god, make me good, but not yet!
domingo, 27 de setembro de 2009
Automático
Por vezes dou por mim a chegar a sítios sem me lembrar de ter feito o caminho até ali. Já é tudo tão automático que entro no carro, faço os percursos habituais e quando menos espero, já cheguei lá, já estou estacionar...
domingo, 13 de setembro de 2009
Ainda a gripe A
E ainda sobre a gripe A, utilizando eu comboio diariamente, reparei há pouco tempo que na entrada da estação colocaram máquinas para desinfectar as mãos. Mas como sou boa observadora, também reparei que as pessoas ao desinfectarem as mãos, de seguida dirigiam-se à caixa onde estão os jornais grátis para levar um para ler, e que subiam as escadas rolantes com a mão agarrada à fita, depois já na gare uma leitura pelo jornal, página a página, o comboio chega e é necessário alguém carregar no botão para a abrir a porta, dentro do comboio há que agarrar em qualquer sítio para não cair. Conclusão: depois da mãozinha desinfectada toca-se em diversas coisas que sabe-se lá quem lá foi mexer... é tudo muito subjectivo esta coisa do desinfectar muito bem as mãos.
A gripe A
Confesso que me irrita tudo o que é demasiado... as mesmas noticias todos os dias, por fases, então deixam-me mesmo fora de mim e ainda mais irritada fico com a memória curta das pessoas. Agora estamos na fase da Gripe A. Ok, a gripe existe, é ainda mais grave se a pessoa a quem bateu à porta já tem outras complicações de saúde, mas o que estão a fazer diariamente uma lavagem cerebral, não ajuda em nada. A ideia era alertar, já estamos todos em alerta, alguns tão em alerta que ao mínimo espirro correm para o hospital. Mas esquecem-se que há uns anos foi a fase de ninguém comer carne de vaca, porque as vacas estavam loucas, depois era o peixe que tinha qualquer coisa que fazia mal à saúde, e depois mais isto e mais aquilo e passamos os anos a fugir disto e daquilo. Há 3 meses atrás cancelaram-se centenas de viagens ao México porque a gripe era mexicana... mas afinal pessoas que nunca lá foram vieram a contrair a doença... Estamos no século do causar pânico primeiro e investigar depois.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
O Mar
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Amar
Amar
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar:
Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro
e toda a gente
Amar! Amar!
E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer?
Indiferente!...
Florbela Espanca
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar:
Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro
e toda a gente
Amar! Amar!
E não amar ninguém!
Recordar?
Esquecer?
Indiferente!...
Florbela Espanca
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Garimpeira
Aos poucos fui-me apercebendo que na vida tenho sido como uma garimpeira. Por mim passaram centenas de pessoas com quem me relacionei na escola, na universidade, no trabalho, na rua, em casa de amigos, no prédio, nas férias, por todos os lados e é como se eu tivesse uma peneira, onde acabaram por ficar os grãos de ouro. Esses grãos de ouro tornaram-se pessoas que permanecem na minha peneira, dos outros grãos de areia não reza a história.
domingo, 9 de agosto de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
De boca aberta
Foi quase sem acreditar no que via que hoje em pleno centro de Lisboa, com dezenas de pessoas a ver, um homem foi arrastado por outros dois para dentro de uma carrinha, onde lhe deram um enxerto de tareia, à vista de todos nós que, boqueabertos mas sem reacção, ficámos a olhar para aquela cena mafiosa bem na frente dos nossos olhos... de notar que a cena foi passada em frente a diversos edificios com seguranças privados, mas ninguém falou, ninguém gesticulou, ninguém se meteu... nem eu... que incrédula e perturbada segui caminho quando por fim (e já todo esmurrado) o homem foi deixado no passeio.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Neruda
Deixo aqui este texto, não por algum motivo especial, apenas porque sou fã de Neruda:
Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Alguém me diz?
O que são borboletas a bater asas no estômago ? É bom ? É mau ? Já tive essa sensação. Era bom por um lado, mau por outro. Não sei explicar. Nem sei explicar porque se diz isto... as minhas borboletas agora estão sossegadas, a dormir, a ganhar energias para quando baterem asas novamente.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Aninhas We love you!!!
E é assim que o quinteto da távola rendonda entrou em histeria quando chegou a boa notícia à nossa amiga. Pulámos de alegria e afinal o carrocel da tua vida deu as voltas que tinha a dar e finalmente parou. Agora quando voltar a girar, já vai com a música certa, ao ritmo certo.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
De repente
De repente tudo parecia de pernas para o ar, pedidos de esclarecimentos sem fim... quando ? a que horas? foi ? não foi ? todos estavam malucos... está aqui, foi ontem, tudo resolvido... e a tempestade que apareceu de repente, amansou... parecia aqueles dias de verão calminhos, serenos, com uma brisa quente e sem darmos por isso o céu cobre-se de nuvens, cai chuva grossa, uma trovoada repentina, as nuvens afastam-se, o céu volta a clarear e tudo volta ao sereno dia de verão.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Estupidamente feliz
Já alguma vez tiveram uma sensação de felicidade mas sem nenhum motivo especial?! Hoje sinto-me estupidamente feliz! Não posso dizer que a vida me corre a 100%, mas direi que me corre sobre rodas a 99%, o que já não é mau, porque sou feliz com o que tenho, com quem tenho, com o que a vida me dá. E hoje vou cantar e sair por aí gritando que a vida é bela. E como diria alguém que conheço "oh god, make me good, but not yet".
terça-feira, 30 de junho de 2009
Acreditar em qualquer coisa
Na idade média havia os cavaleiros da távola redonda. No séc. XXI tenho com mais 4 amigas, o quinteto dos debates diários por mail. Temos sempre um tema a debater e raramente ou mesmo nunca estamos as 5 de acordo. O tema hoje era em que acreditar, religiões, teorias, etc...etc... em que umas acreditam ou desacreditam numas coisas e outras noutras. Mas estamos em democracia e tudo se respeita e amigas como dantes. A conclusão a que eu pessoalmente já cheguei há algum tempo é que independentemente do que seja, devemos acreditar em qualquer coisa, quanto mais não seja em nós próprios. Eu consigo, eu sou capaz, eu vou ser feliz, devem fazer parte daquilo em acreditamos. E mais não digo...
sábado, 27 de junho de 2009
Parabéns
Parabéns para mim e para todos vocês que fazem da minha vida algo que vale (muito) a pena ser vivida! Mais um ano que passou, e feito o balanço deste último, foi pessoalmente muito positivo. Obrigada !
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Solidariedade feminina
Recebi este mail várias vezes, e confesso que das primeiras o li na diagonal, mas por fim decidi lê-lo, de fio a pavio, e achei tanta grça, ri até às lágrimas, que não posso deixar de aqui o partilhar:
*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que,quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te alimpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papelcuidadosamente no perímetro da sanita.Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanitanuma posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo."A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importantee necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nosnossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter,sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enormede mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso,resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres quetambém cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de“tou aqui tou-me a mijar!”.Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguentamais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente,que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não hápernas. Estão todos ocupados.Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoaque ainda está a sair.Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, enão te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquantovês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula opescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá paradentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas quetens no caso de…Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-lacom uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te“na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam atremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com aspernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braçoestendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te opescoço!Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem atapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas avoz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*,e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por umafalha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te emolha-te até às meias!!Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grandeconcentração e perícia.Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papelhigiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens namala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas paraprocurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, masnão tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te umatrolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens detravá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritasOCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltara porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têmmuito respeito umas pelas outras).Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas nãoimporta, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas olenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ouseja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com umamão.Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguémtem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, osuor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe queestaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numasanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanharali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)…. Estás exausta! Quandopáras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismoa fazer malabarismos com um pé, muito importante!Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-tedo lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com ossensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, econsegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a malanão resvalar e ficar debaixo da água.Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas asmãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso –e sais…Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa debanho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borgesenquanto te esperava.“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, porsolidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outrapassa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil erápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.
*Por que é que as mulheres demoram tanto tempo quando vão à casa de banho?*O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que,quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te alimpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papelcuidadosamente no perímetro da sanita.Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!"E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanitanuma posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo."A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importantee necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nosnossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter,sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.Quando *TENS* de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enormede mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso,resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres quetambém cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de“tou aqui tou-me a mijar!”.Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguentamais” (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente,que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não hápernas. Estão todos ocupados.Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoaque ainda está a sair.Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!); não importa…Penduras a mala no gancho que há na porta… QUAAAAAL? Nunca há gancho!!Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, enão te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquantovês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula opescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá paradentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas quetens no caso de…Mas, voltando à porta… como não tinha fechadura, a única opção é segurá-lacom uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te“na posição”…AAAAHHHHHH… finalmente, que alívio… mas é aí que as tuas coxas começam atremer… porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com aspernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braçoestendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te opescoço!Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem atapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas avoz da tua mãe faz eco na tua cabeça *“nunca te sentes numa sanita pública”*,e então ficas na “posição de aguiazinha”, com as pernas a tremer… e por umafalha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te emolha-te até às meias!!Com sorte não molhas os sapatos… é que adoptar “a posição” requer uma grandeconcentração e perícia.Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papelhigiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio!Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens namala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel… mas paraprocurar na tua mala tens de soltar a porta… ???? Duvidas um momento, masnão tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te umatrolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens detravá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritasOCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltara porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têmmuito respeito umas pelas outras).Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas nãoimporta, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas olenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ouseja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com umamão.Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu “alguémtem um pedacinho de papel a mais?” Parva! Idiota!Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, osuor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe queestaria envergonhadíssima se te visse assim… porque ela nunca tocou numasanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanharali, que até podes ficar grávida (lembram-se??)…. Estás exausta! Quandopáras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismoa fazer malabarismos com um pé, muito importante!Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-tedo lenço de papel…), então não podes soltar a mala nem durante um segundo,pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com ossensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, econsegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a malanão resvalar e ficar debaixo da água.Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas asmãos nas tuas calças – porque não vais gastar um lenço de papel para isso –e sais…Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa debanho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borgesenquanto te esperava.“Mas por que é que demoraste tanto?” - pergunta-te o idiota.“Havia uma fila enorme” - limitas-te a dizer.E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, porsolidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outrapassa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil erápido, pois só tens de te concentrar em manter “a posição” e *a dignidade*.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
O 4 de Julho

Cresci a ouvir falar no 4 de Julho pela televisão, mas confesso que nunca lhe dei grande importância, nem significava nada para mim. Nos últimos anos, através de amigas americanas, fiquei a saber que é uma data que para elas tem muito significado e que é o dia da independência dos E.U.A. Fica aqui um grande beijinho para a Suzy e para a Annabella.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Amores perfeitos
Uma amiga disse-me recentemente que o namoro de 3 anos tinha chegado ao fim, que estava de rastos e que os homens não prestam. Não é assim a meu ver... toda a gente tem o seu valor e todas as relações têm o seu lado positivo, senão não tínhamos investido nelas. Mas amores perfeitos não existem. Não me venham dizer que sim, que tudo é sempre cor de rosa, que não é. Há as partes muito boas, as boas e as menos más. Há os que se zangam diariamente e depois acabam nas pazes. Há os que nunca discutem mas se odeiam por dentro. Há aqueles que à vista desarmada são o casal maravilha, mas depois nem sequer se falam. De todas as relações, temos que tirar o melhor partido e seguir em frente. Amores perfeitos ? só conheço os do jardim...
sábado, 20 de junho de 2009
Praia
Adoro praia!!! De Verão ou de Inverno a praia é para mim uma necessidade. De Verão gosto de ir tostar a pele, sentir o calor na cara e o sal do mar na pele, mergulhar nas ondas ou ficar simplesmente de molho dentro de água. No Inverno é como um calmante, sentar-me na areia e ficar a ver o mar, sentir o frio, por vezes com a chuva a cair e as ondas encrespadas a baterem na areia, os surfistas em fila no horizonte, os barcos de pesca a apitar e ficar a pensar na vida. Adoro o mar, a areia e a praia...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Cresceste
Ainda parece que foi ontem que soube quase ao mesmo tempo que estava com varicela e grávida. Foi um misto de alegria e de preocupação. Mas tudo estava bem. E depois tu foste crescendo cá dentro e num bonito dia de Fevereiro, manhã cedo, decidiste vir conhecer este lado de fora. Sempre bem disposta e a sorrir, nestes 9 anos nunca mudaste. Apenas cresceste! E como cresceste... estava eu hoje a reparar. Não só em altura, mas mentalmente. Acompanhas as conversas dos adultos e ainda nos dás "baile". E vejo que a minha pequena princesa está uma pequena rapariguinha! Mas serás sempre a minha princesinha!!!
sábado, 6 de junho de 2009
O tempo
Estou pior que os velhos e a culpa é do tempo. O tempo, ele mesmo, as estações do ano. Aprendi na escola que eram 4, todas elas bem definidas: Primavera, Verão, Outono e Inverno. Mas mentiram-me! Existem tempos meteorológicos e nem esses sabem bem o que fazem. De manhã está calor e de tarde frio e chuva. Um dia vestimos a roupa de Verão e no dia a seguir já tivemos que ir ao roupeiro buscar um agasalho. Anda tudo às avessas. Já não se diz com certezas em Junho que no próximo fim de semana vou à praia... e também o Verão de S. Martinho pode ser com um frio de rachar. Já o Natal pode ser ensolarado e com temperaturas amenas... Já nada é como dantes, e a culpa é do tempo...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
O destino
Já dizia a minha avó que o destino marca a hora! E estando eu para viajar em breve vou ouvindo a noticia do dia esta semana, o avião que caiu no Brasil, e dou ainda mais atenção aos telejornais, jornais e outros que tais... e penso que é como nas doenças, só lhes damos mais atenção quando é connosco ou com alguém próximo de nós. Sim ouvimos, sim lamentamos, sim até mostramos interesse, mas é tudo no ar... mas se um dia nos dizem que temos essa mesma doença, esse mesmo problema, então connosco atinge dimensões diferentes. E por ir viajar vou vendo as noticias e dou comigo a imaginar o que estariam aquelas pessoas a fazer e qual a sua reacção quando sentiram (será que sentiram?) que o avião estava em queda livre para um mergulho num oceano de onde não haveria sobreviventes para contar !? E arrepio-me toda. Não por ter medo de andar de avião, mas porque ninguém manda no destino. E oiço histórias daqueles que iam em lua de mel, dos pais que nunca viajavam juntos com os 2 filhos, dos funcionários que ganharam a viagem por bom desempenho... e oiço... e oiço...
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Comichão
E se um dia alguém te oferecer flores??? não, isso era o anúncio daquele desodorizante dos anos 80... e se um dia tiveres tanta comichão na pele que só te apetece coçar, mas sabes que quanto mais te coças piores ficas? Das duas uma, ou te coças ou sofres em silêncio. Resultado: não te coças, mas nesse momento a comichão passa a ser interior, porque te coças mentalmente. Confuso??? Um pouco talvez...
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Uma árvore é um amigo
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A carta
Ansiei tanto por aquela carta, há meses que abria a caixa de correio na esperança de lá a encontrar. Foi hoje, chegou e trazia a notícia que eu tanto esperava. Afinal vale a pena esperar! Nunca devemos desistir daquilo que queremos.
Lágrimas
Foi de ouvir falar que afinal as lágrimas não te tinham secado que pensei... as lágrimas fazem-nos falta? e chego à conclusão que sim, sempre! Há lágrimas de tristeza, lágrimas que aliviam, mas principalmente lágrimas de felicidade. Quem de nós nunca chorou por estar tão feliz que teve que deitar tudo para fora? Eu seguramente que sim! E fiquei inundada de alegria! Chora, porque mesmo que chores em vão, alguma coisa valeu a pena. Nada acontece por acaso.
sábado, 23 de maio de 2009
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
terça-feira, 19 de maio de 2009
Feliz
E de repente senti-me tão feliz, com uma sensação de dever cumprido. Tenho sempre metas a ultrapassar. Penso nelas e até as ver cumpridas não sossego. Neste momento estou feliz, tenho mais uma meta que passei. E aqui vou eu, a caminho da seguinte.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Os malucos
Estão 100 malucos num manicómio: 99 a saltar e 1 a bater com a cabeça na parede. Chega o médico e diz para os 99: - o que é que vocês têm ?
E os 99 respondem:
- Somos pipocas!
- E aquele que está contra a parede ? - pergunta o médico.
- Aquele ficou agarrado ao tacho!
E os 99 respondem:
- Somos pipocas!
- E aquele que está contra a parede ? - pergunta o médico.
- Aquele ficou agarrado ao tacho!
terça-feira, 12 de maio de 2009
Chantagem infantil
Nas minhas viagens diárias de comboio vou ouvindo conversas cruzadas, daqui e dali. Geralmente vou a ler e pouca importância dou ao que oiço, mas hoje ficou-me uma conversa nos ouvidos. Uma mãe com um filho de cerca de 6 anos. O menino insistia com a mãe que queria um jogo qualquer, a mãe lá ia dizendo que "não pode ser", "o dinheiro não dá para tudo" e o menino ia ficando cada vez mais impaciente e zangado com a mãe, até que por fim lhe disse que se ela não lhe comprasse o jogo ia viver com o pai. Levantei os olhos do livro que ia ler e pensei "irá ela ceder à chantagem?". Reparei então no olhar triste da senhora, e no ar vitorioso da criança. A conversa acabou ali, mas provavelmente a mãe irá hoje, amanhã ou um dia destes, comprar o jogo...
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Amizade
Tantas vezes se invoca a palavra "amigo" em vão... amigo não é aquele que cobra, aquele que só pede e nunca dá. A amizade é dar sem pedir nada em troca, é gostar por gostar, é estar lá nos momentos difíceis para dar o ombro e partilhar as lágrimas. É aquele com quem se divide as alegrias e se partilha as tristezas. O verdadeiro amigo é aquele que vem quando todos se estão a ir embora. Amizade é estar lá, mesmo à distância.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
Ele
Decidiu viver a vida como se ela fosse acabar daí a 10 minutos... fez coisas que nunca tinha feito, experiências novas, locais diferentes, conheceu pessoas novas, amou-as e deixou-as, passou em frente, deixando para trás saudade e sofrimento. Também ele não ficou bem, porque afinal o mundo dele não acabou como pensava e acabou por não ser feliz como tanto queria...
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Dois apenas
Dois...
Apenas dois...
Dois seres...
Dois objectos patéticos...
Cursos paralelos, frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
Hoje ao fazer compras num supermercado de Lisboa, dei com um senhor que abria e fechava as portas dos cacifos à porta do referido supermercado, e sozinho dizia "pode ser que alguém se tenha esquecido da moeda"... compreendi que era um sem abrigo, que na esperança que alguma moeda por ali estivesse perdida, procurava numa ânsia uma moeda, qualquer que fosse...
domingo, 26 de abril de 2009
Teresa
E porque ontem a minha amiga teresa (re)lançou o livro que escreveu, deixo aqui os meus votos de parabéns pelo excelente livro e pela amiga que ela é! Obrigada Teresa !
Pelos trilhos da vida
Pela vida fora temos sempre que tomar uma decisão, qualquer que seja. Umas vezes tomamos a mais acertada, outras vezes apesar de nos parecer a correcta, vimos mais tarde a descobrir que era a errada. Por vezes nestes trilhos da vida, lutamos contra ventos e tempestades. Mas como eu costumo dizer, e já alguém dizia, o que não me mata, fortalece-me. E há sempre qualquer coisa a aprender na vida e com estas experiências, positivas e negativas, que devemos crescer.
26 de Abril de 2009
Hoje acordei com vontade de escrever. Sobre o quê não sei, decidi criar o meu blog, onde virei desabafar o que me faz rir e o que me faz chorar.
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